– Bárbara?! - Bia estava confusa.
– É...e que porra é essa? - a garota olhou para o vestido, estranhando. Rasgou ele todo, ficando apenas com a roupa íntima - Onde eu arrumo calça e camiseta nessa merda?
Apesar da surpresa com o nome e da grosseria daquela nova pessoa que surgiu, Cláudia se acalmou, chamou alguém e mandou buscar a vestimenta desejada.
– Está machucada? - perguntava Bárbara, arrependida.
– Não - respondeu Cláudia - Só me assustei. Obrigada por perguntar.
– Sem agradecimentos. Não mereço tanto. Eu fiquei com medo. Acordei num lugar desconhecido, com gente que nunca vi. Acabei reagindo agressivamente. Pra variar...
Bárbara arrumou-se e começou a comer a refeição inacabada de Sofia. Dessa vez, usando o garfo e a faca. As outras duas também sentaram-se.
– Como eu vim parar aqui? - perguntou a morena.
– Nós achamos você deitada na calçado e a trouxemos para dentro. O estranho é que quando chegou parecia uma criança. Ficava até me chamando de mamãe. - dizia a mulher.
– Hum...deve ter sido a outra.
– Outra?!
– Sim. Considerando que eu sempre acordo num lugar diferente, deve ter alguém controlando o corpo no meu lugar. Só sei que fico acordada de noite e apago quando amanhece.
– Nossa. Complicado hein. Eu sou Cláudia, e a loira pentelha ali é a Bianca.
– Por que parou quando me viu? - perguntou Bia.
– Você lembra minha irmã menor.
– Legaaaaaaal! E cadê ela?
– Morreu...
– Ah, desculpe. E seus pais?
– Morreram...
– Eu sinto muito.
– Não sinta.
– Esse frango está ótimo, não? - Cláudia apressou-se em mudar o tópico.
Bárbara largou os talheres. Olharam curiosas para a moça.
– Acho melhor eu ir embora. - disse ela.
– Está tarde. É uma má idéia. - falou a babá.
– Eu já agredi uma! Não quero fazer mais merda ainda.
– Não vou deixar! - a garotinha pegou na perna de Bárbara e segurou firme - Eu quero minha irmã aqui.
– Me solta! - empurrou ela, fazendo-a largar.
Bárbara correu e saiu da propriedade. Bia ficou triste, não por ser derrubada, mas com a fuga da garota. Foram dormir. De manhã, Cláudia foi acordada desesperadamente.
– Dona Cláudia! - gritava uma mulher.
– Aiai! O quê?
– A mestra Bianca...
– Que tem a Bia?
– Ela fugiu!
sábado, 26 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
A dama da noite - capítulo 1
– Vamos! Estamos quase chegando! - a criança corria, ignorando a chuva caindo.
– Volte aqui! Você vai se molhar toda! - advertia Cláudia - E por que tanta pressa Bia?
– Quero assistir o anime.
– Como? Que é isso?
– É desenho japonês, boba.
– E que diferença faz o país?
– Aah...chega de pergunta e vamos logo!
Bianca pegou na mão da babá e a puxou. Ao chegar nos muros da mansão, viram uma garota deitada na calçada. Respirava devagar, com os olhos meio abertos. Tremia, enxarcada.
– É isso! Temos que levá-la para dentro. - exclamou decidida a menina.
– Aah, não sei não Bia. - disse Cláudia.
– Eu sou uma defensora da justiça! É meu dever ajudar os aflitos...sem falar que sempre quis uma irmã mais velha. É o destino!
– Aiai. É hoje que sou demitida. Tá bom vai...
– Ebaaaaa! Você carrega.
– Quê?!
Apesar do peso, Cláudia levou-a até o hall da enorme casa. Pediu à uma das empregadas que a lavasse.
– Você é uma “defensora da justiça” bem folgada sabia? - reclamou a mulher.
– A culpa não é minha se tu é a assistente. - respondeu a “heroína”, sorrindo orgulhosa.
Quando ia retrucar, Cláudia distraiu-se com os gritos da empregada. Uma moça nua apareceu, correndo. Encolheu-se na parede, a chorar. A criança se aproximou.
– Por que está chorando? - questionou a sabida.
– Medo...frio...Onde estou? - a garota soluçava.
Bianca abraçou a cabeça dela e acariciou seus longos e lisos cabelos.
– Calma...você está na minha casa...não tem perigo algum.
– Mesmo?
– Sim irmãzinha. Está tudo bem.
– Ahn... - abraçou a menina - Você não é minha mamãe?
– Não...sou sua irmã. A sua mãe é... - olhou para Cláudia - Ela!
– Vivaaaa! - pulou na mulher sem mais nem menos.
– O que?! Me solta sua louca! Você está toda molhada! E nua! Que tipo de pervertida você é hein? - logo acabou sendo derrubada. A morena não a soltava de jeito nenhum - Alguém põe uma roupa decente nela, por favor?
Colocaram um dos vestidos da mãe de Bia. Após todas estarem prontas, o jantar foi servido. A moça pegava a comida com as mãos e metia na boca.
– Já ouviu falar em talheres? - insinuou Cláudia.
– Talheres? - a garota não entendeu.
– Essas coisas de metal do lado do prato.
– Prato?
– Aai...esquece.
– Irmã...qual o seu nome? - disse Bianca.
– Nome?
– É...como te chamam?
– De nada.
– Bem...e seus pais?
– Não sei...mas a minha mamãe é a Clauclau.
– Hum...nesse caso vou te chamar de...Sofia!
– Sofiaaaaaa! Eeeeeeeh!
– Bom...se você não tem pais...acho que pode viver com a gente né?
De repente a moça parou.
– Sofia? - estranhou Bia.
– Onde estou? - ela olhou assustada para as duas.
Cláudia levantou e chegou na garota, que a pegou e lançou contra a estante envidraçada. Cacos de vidro quebravam no piso. Ela continuou empurrando a mulher contra o móvel, enforcando-a.
– Pare! - gritou a menina.
A moça encarou a loirinha. Abaixou a cabeça e largou a babá.
– Desculpe. - disse ela, ajudando Cláudia a se levantar.
– Por que fez isso Sofia? - indagou enquanto levantava.
– Sofia? Meu nome é Bárbara!
– Volte aqui! Você vai se molhar toda! - advertia Cláudia - E por que tanta pressa Bia?
– Quero assistir o anime.
– Como? Que é isso?
– É desenho japonês, boba.
– E que diferença faz o país?
– Aah...chega de pergunta e vamos logo!
Bianca pegou na mão da babá e a puxou. Ao chegar nos muros da mansão, viram uma garota deitada na calçada. Respirava devagar, com os olhos meio abertos. Tremia, enxarcada.
– É isso! Temos que levá-la para dentro. - exclamou decidida a menina.
– Aah, não sei não Bia. - disse Cláudia.
– Eu sou uma defensora da justiça! É meu dever ajudar os aflitos...sem falar que sempre quis uma irmã mais velha. É o destino!
– Aiai. É hoje que sou demitida. Tá bom vai...
– Ebaaaaa! Você carrega.
– Quê?!
Apesar do peso, Cláudia levou-a até o hall da enorme casa. Pediu à uma das empregadas que a lavasse.
– Você é uma “defensora da justiça” bem folgada sabia? - reclamou a mulher.
– A culpa não é minha se tu é a assistente. - respondeu a “heroína”, sorrindo orgulhosa.
Quando ia retrucar, Cláudia distraiu-se com os gritos da empregada. Uma moça nua apareceu, correndo. Encolheu-se na parede, a chorar. A criança se aproximou.
– Por que está chorando? - questionou a sabida.
– Medo...frio...Onde estou? - a garota soluçava.
Bianca abraçou a cabeça dela e acariciou seus longos e lisos cabelos.
– Calma...você está na minha casa...não tem perigo algum.
– Mesmo?
– Sim irmãzinha. Está tudo bem.
– Ahn... - abraçou a menina - Você não é minha mamãe?
– Não...sou sua irmã. A sua mãe é... - olhou para Cláudia - Ela!
– Vivaaaa! - pulou na mulher sem mais nem menos.
– O que?! Me solta sua louca! Você está toda molhada! E nua! Que tipo de pervertida você é hein? - logo acabou sendo derrubada. A morena não a soltava de jeito nenhum - Alguém põe uma roupa decente nela, por favor?
Colocaram um dos vestidos da mãe de Bia. Após todas estarem prontas, o jantar foi servido. A moça pegava a comida com as mãos e metia na boca.
– Já ouviu falar em talheres? - insinuou Cláudia.
– Talheres? - a garota não entendeu.
– Essas coisas de metal do lado do prato.
– Prato?
– Aai...esquece.
– Irmã...qual o seu nome? - disse Bianca.
– Nome?
– É...como te chamam?
– De nada.
– Bem...e seus pais?
– Não sei...mas a minha mamãe é a Clauclau.
– Hum...nesse caso vou te chamar de...Sofia!
– Sofiaaaaaa! Eeeeeeeh!
– Bom...se você não tem pais...acho que pode viver com a gente né?
De repente a moça parou.
– Sofia? - estranhou Bia.
– Onde estou? - ela olhou assustada para as duas.
Cláudia levantou e chegou na garota, que a pegou e lançou contra a estante envidraçada. Cacos de vidro quebravam no piso. Ela continuou empurrando a mulher contra o móvel, enforcando-a.
– Pare! - gritou a menina.
A moça encarou a loirinha. Abaixou a cabeça e largou a babá.
– Desculpe. - disse ela, ajudando Cláudia a se levantar.
– Por que fez isso Sofia? - indagou enquanto levantava.
– Sofia? Meu nome é Bárbara!
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Glicose baixa
Durante as compras no mercado, resolvi levar um bom bom. Entrei na área açucarada e escolhi o menos abatido. Reparei no tamanho enorme da fila do caixa, mas não desisti. Peguei e aguardei.
A paciência era uma anã. Os minutos andavam mais devagar que o usual. Pensei no doce como uma recompensa no final da longa jornada. Me concentrei apenas nele. Ignorei a linda moça do outro lado da rua; a mosca que trombou no meu ouvido; a desgostosa “música” que vinha de fora; o momento em que todos paramos porque deu um problema na máquina, que logo foi resolvido; a conversa desinteressante entre duas senhoras sobre uma tal de “vizinha”.
Chegou a minha vez. A mulher, desanimada, passou a mercadoria e disse o preço. Paguei e saí. Enfim, o momento de saborear meu chocolate. A hora que tanto esperei desde o início daquela marcha. E na ansiedade de puxar as extremidades do embrulho para abri-lo, escorregou e caiu na boca de lobo.
A paciência era uma anã. Os minutos andavam mais devagar que o usual. Pensei no doce como uma recompensa no final da longa jornada. Me concentrei apenas nele. Ignorei a linda moça do outro lado da rua; a mosca que trombou no meu ouvido; a desgostosa “música” que vinha de fora; o momento em que todos paramos porque deu um problema na máquina, que logo foi resolvido; a conversa desinteressante entre duas senhoras sobre uma tal de “vizinha”.
Chegou a minha vez. A mulher, desanimada, passou a mercadoria e disse o preço. Paguei e saí. Enfim, o momento de saborear meu chocolate. A hora que tanto esperei desde o início daquela marcha. E na ansiedade de puxar as extremidades do embrulho para abri-lo, escorregou e caiu na boca de lobo.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
O amante
Chegou cansada do trabalho. Tirou os sapatos, abriu a geladeira e pegou uma garrafa d’água. Deu uma golada e colocou-a no lugar. Foi ao banheiro. Apoiada na pia, observou a expressão exausta da mulher do outro lado do espelho. Virou-se para o chuveiro. Arrancou as roupas e entrou. Lá dentro estava ele, a esperando.
Conduzida pela parceira, esfregou-se no corpo dela. Apalpou seus seios. Desceu até o umbigo, massageando a barriga. Passou para trás e escorregou pelas suas coxas até os pés, beijando-os. Terminado o banho, ela o pegou e guardou de volta na saboneteira.
Conduzida pela parceira, esfregou-se no corpo dela. Apalpou seus seios. Desceu até o umbigo, massageando a barriga. Passou para trás e escorregou pelas suas coxas até os pés, beijando-os. Terminado o banho, ela o pegou e guardou de volta na saboneteira.
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